domingo, 22 de maio de 2011

Internacionalistas do mundo, uni-vos!

Acabo de chegar de uma viagem bastante agradável à Brasília, capital de nosso país. Tomei chá com Dilminha, futura chefa hehehe. Jantei com Patriota e sua família, assisti com meus amigos o pôr-do-sol no Pontão e fiz alguns amigos de outras cidades.
Estive participando do XVI Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais, evento de grande relevância no cenário acadêmico brasileiro.
O tema deste ano era Organismos Internacionais, de maneira que analisamos e discutimos a importância e o papel das organizações internacionais na geopolítica mundial atual, com a presença de ilustres embaixadores e professores estrangeiros, que adicionaram um grande brilho à esfera acadêmica do evento.

Dessa forma, não poderia jamais deixar de manifestar nesse meu humilde blog a grande satisfação que tive em conhecer pessoalmente o grande diplomata brasileiro, sr. Paulo Roberto de Almeida, cujo blog www.diplomatizzando.blogspot.com já foi divulgado por aqui diversas vezes. Minha honra em conhecê-lo foi ainda maior pelo fato de ter sido reconhecido pelo mesmo, que lembrou deste meu humilde blog e de seu comentário numa de minhas postagens sobre diplomacia brasileira.
Sr. Paulo Roberto, agradeço profundamente sua receptividade aos meus sinceros cumprimentos durante o evento. O sr é um modelo de profissional a ser seguido, exemplo de competência e excelência em seu trabalho.



Outro importante diplomata brasileiro que tive a oportunidade de encontrar -este pela terceira vez, mas sendo recebido sempre com simpatia, afabilidade e bom humor -foi o Embaixador Baena Soares. Exemplo de homem com a força e a coragem amazônida, mostra ao mundo inteiro que nós de Belém do Pará também podemos ir longe desde que lutemos pelos nossos sonhos. Embaixador, um jovem estudante de Relações Internacionais em Belém do Pará, como eu, não pode ter exemplo maior do que o sr. Obrigado por representar tão bem a Amazônia na esfera internacional, e por nunca se envergonhar de suas raízes papa-chibé.



Em suma, o evento em si foi demasiado proveitoso. A FAAP, organizadora deste ano, está de parabéns. As festas podem ter deixado um pouco a desejar -a falta de interação maior entre os participantes foi notada por muita gente -mas o mais importante superou todas as expectativas. Florianópolis, vai ser difícil mas tente não ficar por baixo!

segunda-feira, 2 de maio de 2011

HOME: Nosso planeta, nossa Casa

Abaixo segue a análise de um documentário sobre Mudanças Climáticas no planeta Terra, assistido durante a aula de Análise e Elaboração de Projetos Internacionais.
Muito didático e informativo, porém não tão bom quanto Uma Verdade Inconveniente, de Al Gore.
Segue o texto.


Num mundo cada vez mais preocupado com o futuro de seu planeta, a grande nave-mãe que guia a humanidade pelo cosmos sem fim, o filme dirigido pelo fotógrafo Yann Arthus-Bertrand não podia ser mais pertinente e atual. Narrado com maestria pela famosa atriz Glenn Glose, o filme não é somente um puxão-de-orelha na humanidade insaciável por desenvolvimento e propagadora de poluição –mas também uma reflexão sobre a fugacidade da vida e as origens de seu surgimento no planeta.
Esse caráter narrativo-descritivo foi uma grande estratégia muito bem empregada pelo diretor, na medida em seduz o espectador e captura sua atenção para não perder nenhum detalhe. Através de imagens realistas e dinâmicas, conhecemos a estrutura primitiva do planeta, onde vulcões e formações rochosas dominavam a paisagem. Os gases carbônicos expelidos constantemente impediam a existência de qualquer forma de vida, até que o milagre da Evolução fez surgir uma infinitesimal arqueobactéria, detentora da capacidade de alimentar-se de CO2. Como tal gás era incrivelmente abundante na atmosfera terrestre, tal arqueobactéria não encontrou limites para seu desenvolvimento e reproduziu-se assexuadamente a taxas geométricas. Cada vez mais gás carbônico era retirado da atmosfera, até atingir um nível que permitia o surgimento e a evolução de outras formas de vida.
Com efeito, muitos séculos após a gênese da primeira arqueobactéria, o planeta já se encontrava com um relevo bastante semelhante ao atual, com montanhas, rios e vegetações. As primeiras árvores –e todas as que se originaram depois delas –herdaram das primeiras formas de vida a capacidade de usar a luz solar como principal fonte de energia, e tornaram-se então a base de inúmeras cadeias alimentares que mantiveram por muitos anos um perfeito equilíbrio da vida no planeta, até que o Homo sapiens aprendeu a modificar o ambiente em nome de seus interesses e fragilizou esse status quo.
Apesar de a vida humana ser extremamente recente na história do planeta, a agricultura é ainda mais, com registros que remontam a apenas 10 mil anos. Essa foi a primeira atividade humana, o que fixou o homem à terra e contribuiu para sua propagação malthusiana. Desde então, a Terra passou por mudanças cada vez mais velozes e sérias.
Como descobrimos pela voz de Glenn Close, o uso de fertilizantes e pesticidas não somente é danoso para as pragas do campo, como também para a saúde humana e para os lençóis freáticos. Tal atividade revela-se com piores conseqüências na medida em que notamos o elevado consumo de água para a manutenção dessa agricultura de larga escala, que desmata, polui e gera concentração de renda. Antes da revolução industrial, a agricultura familiar e de larga escala equilibrava tal agressão, que atualmente fica plenamente abalada pelo seu uso caracteristicamente econômico pelos países e corporações industriais. Além disso, o uso de combustíveis não-renováveis e fósseis agrava tal situação. Estima-se que, em 2025, 2 bi de pessoas sofrerão escassez de água.
Percebe-se, então, um retorno aos níveis elevados de CO2 na atmosfera, ameaçando a própria vida na Terra, destruindo o essencial para produzir o supérfluo. Como exemplo, o filme mostra Dubai: a cidade que mais agride o meio ambiente é a mais dependente dele, na água e na energia.
Pode-se concluir que não é necessário retornar às intempéries da Idade da Pedra, mas sim equilibrar a base produtiva das nações através de uma distribuição equitativa de recursos e re-aproveitamento de tudo o que é renovável, assim como a substituição do que não o é. Sob esse prisma, grandes projetos como o Protocolo de Kyoto e o de Montreal revelam-se importantes marcos na história da humanidade, assim como filmes tais quais Uma Verdade Inconveniente (de Al Gore) e esse Home. Afinal, ainda que não sejam completamente efetivos, representam as primeiras tentativas do Homo sapiens para corrigir seus erros do passado –e tentar mudar seu futuro.




Esse já é o segundo post in a roll sobre mudanças climáticas em meu blog. De fato, tal temática é de grande relevância nos dias atuais -e a paixão de nosso professor por esse tema não podia ser maior.