quarta-feira, 18 de março de 2009

Public Speaking Competition 2006

Trago a seguir o discurso que apresentei numa competição de inglês, em 2006, em Brasília.
Trata-se da International Public Speaking Competition, uma competição de oratória que seleciona o melhor orador entre uma vasta gama de selecionados. A grande final acontece todos os anos em Londres, e cada país faz a sua seletiva interna.
Participei a final nacional, representando minha região com o discurso a seguir.

Mapping the global future: Computers, games and television: Allies or Enemies of the future?


Once upon a time, there was a boy who lived away from here. Every day, when he left school, he used to go home, do his homework and then… he spent the rest of the day just watching TV, playing videogames and sometimes, reading.
That way, many people could say that he became an alienated adolescent, who only sees nonsense TV programmes and that he is a game addict, who spends all his allowance buying new videogames. But, what happened to him?
Well gentlemen, after many years playing videogames, watching TV and surfing on the net, he grew up, developed many skills, including his English vocabulary, and he is here, right in front of you.
So, I can ask: Are computers, games and television really as bad as some people usually say? Perhaps not.
Some recently researches have shown that children and teenagers are reading, writing and also calculating much better than they were doing for 20, 30 year’s ago, according to the Avaliação Nacional de Progresso Educacional, which is made every year at the United States of America, since 1971.
In fact, people are really writing better, maybe because in today’s world the words are more important than they were during the TV Golden Age, at the 1970’s. The use of internet is making people talk to anyone in the world using computers, what develops people’s writing abilities, even if they’re writing at the web using abbreviations and new words. That develops the vocabulary of a language and the language itself. And so, happens an amazing development of young people’s writing and reading abilities, because they can write the way they want at the computer, but not at school, developing both sides of a language: the popular and the formal.
In a world dominated by technology, many people thinks that the books are depreciated. Well, people who think that way might be the ones who doesn’t read not even the newspapers. The books are still the most powerful media in the world. Every year, polemic books are published, shocking the society. Who haven’t read anything about “The Da Vinci Code”? This book would never generate so much polemic if it were published in a website or in a game.
One of the books we can call a real multimedia are the Harry Potter series. These books were transformed into films and videogames! Many children have started reading after they saw the films or played the games. It shows the different medias working together.
The games are some very interesting media. They’re not better than the books, and neither the opposite. They just improve different abilities. While books improve only the imagination and vocabulary, some games develop the fine motor skills and coordination, crucial habilities of surgeons.
It’s true that there are very violent games, which are definitely not suitable for children. Some people think that we should vent our angriness in the games, and not in real life. That way, violent games can be good, but only for adults.
The violence is not only at the games, but also at the TV, which is more accessible. Many films and series shows violent and nudity scenes, what is bad for children because they are too young to see that.
But television can still be a good teacher. After all, not all TV programmes show nudity and violence. Many educational programmes and some TV series can improve the intelligence and other important skills. The TV also shows the culture of other countries and their language, improving the vocabulary of a different idiom.
The media being used without time limits and supervision may bring bad effects to young people, who can show violent behavior, obesity, postural problems and epilepsy. The web is a danger area, where teenagers can be exposed directly to sex and pornography.
So, what can be done to make the young people enjoy only the benefits of technology? It’s parents’ duty to control how much information their natives accesses using the different medias. Parents must help children to differentiate between fantasy and reality. They should also motivate their natives to do outdoors activities and physical exercises, to keep the body health and develop their social lives.
As Steve Johnson, the writer of “Everything Bad is Good for You” said, “the computers, games and television are not bad for education, but the way and how much they’re used.”

domingo, 15 de março de 2009

O Morro dos Ventos Uivantes- uma análise

Dessa vez eu trago a vocês uma análise daquela que eu considero a maior de todas as obras da literatura inglesa: O Morro dos Ventos Uivantes, de Emily Brontë.
Fiz este texto para a aula de Português Instrumental no 3º semestre do curso de Relações Internacionais.

Discorrer sobre O Morro dos Ventos Uivantes é analisar uma das maiores e mais profundas obras da literatura mundial. De fato, poucas publicações tiveram o poder de chocar a princípio uma sociedade conservadora e puritana, para com o passar dos anos ser cultuada e considerada por muitos simplesmente a maior de todas as obras da literatura britânica.
Seu enredo poderia ter se tornado uma simples estória de amor não correspondido se tivesse sido escrito por autores amadores. Mas a introvertida Emily Brontë o transformou numa fábula épica sobre a influência do sofrimento e da vingança no amor e nas virtudes da moral humana.
Tudo começa numa noite enluarada, em que os ventos ruidosos faziam os galhos das árvores bater furiosamente nas janelas daquela soturna residência localizada no cume de um monte provinciano inglês, rendendo à casa o adequado nome de Morro dos Ventos Uivantes. A família Earnshaw esperava ansiosamente a chegada do patriarca, que viajara a negócios para Liverpool.
Mas a chegada do Sr. Earnshaw trouxera consigo uma surpresa: ele não viera sozinho. Junto com ele estava Heathcliff, um menino que fora encontrado por ele vagando sem rumos pelas ruas. Apiedado, o Sr. Earnshaw o levou para casa e passou a trata-lo como filho, despertando a compaixão de Catherine e o ciúme de Hindley, seus outros rebentos.
Enquanto o Sr. Earnshaw era vivo, Heathcliff era tratado como seu filho legítimo, tal qual os outros dois. Mas após a sua morte, Hindley assumiu o controle da casa e transformou Heathcliff num mero empregado, rebaixando-o até o limite de proibi-lo de freqüentar a igreja e estudar. Ele se tornou, aos poucos, um mendigo intruso em sua própria casa.
Entretanto, a compaixão sentida por Catherine foi se fortalecendo em afeição profunda com o passar dos anos. Quando Hindley estava ausente, ela e Heathcliff estavam constantemente juntos, brincando, conversando, conhecendo as bonitas paisagens das redondezas e conhecendo melhor a si mesmos. Era como se fossem o Raio e o Trovão, o Frio e a Neve; onde um estava, logo o outro aparecia. Catherine era o único raio de sol na tempestuosa vida de Heathcliff, permeada pelas humilhações e maus-tratos constantes de Hindley por muitos anos.
E tal tempestade ainda pôde ser agravada, quando Catherine conheceu Edgar Linton, um jovem, bonito e rico rapaz das redondezas. A moça ficou encantada e deslumbrada com aquele novo mundo que conhecera na residência dos Linton, cheia de luxo, festas e ostentação. Embora Catherine dividisse seu tempo entre o novo amigo e Heathcliff, ele sentia muitos ciúmes. E ficou desesperado ao entreouvir a conversa entre Catherine e a governanta do Morro dos Ventos Uivantes, numa certa noite tempestuosa. Tal diálogo representa uma das mais bonitas e filosóficas passagens da Literatura.
Catherine fora pedida em casamento por Edgar Linton. Mas embora tivesse aceitado, em seu coração e em sua alma ela estava convencida de que agira mal. Mesmo que amasse Edgar e todo o seu prestígio, jovialidade e dinheiro, ela jamais pensaria em aceitar se Hindley não houvesse rebaixado tanto Heathcliff até a degradação, pois ambos seriam mendigos caso se casassem.
Heathcliff ouve tais sentenças e foge noite à fora. E nunca chega a ouvir o que veio a seguir.
Ainda assim, Catherine o amava de uma forma que nunca amaria Edgar, pois ambos só eram um no outro, num lampejo filosófico em que ela própria afirma: “Eu sou Heathcliff”. Seu amor por Edgar era como a folhagem das árvores, ele mudaria com o tempo. Mas seu amor por Heathcliff era como as eternas rochas que jazem sob a terra, uma fonte de prazer pouco visível, porém necessária.
Após proferir tais linhas poéticas, Catherine é informada pela governanta de que Heathcliff ouvira parte de seu discurso. Desnorteada e desesperada, Catherine sai correndo sob a tempestade em busca de sua alma gêmea. Mas ela não o encontra, e volta para o Morro dos Ventos Uivantes no dia seguinte, ensopada e com uma forte pneumonia.
Informado a respeito do estado de Catherine, Edgar a leva para sua casa e sua família cuida dela. E de lá a moça nunca mais saiu.
3 anos se passam desde aquela fatídica noite tempestuosa. A antiga Catherine Earnshaw já se chamava Catherine Linton e residia na bonita e rica Granja dos Tordos, quando um fantasma do passado decidiu bater em sua porta.
Era Heathcliff, completamente irreconhecível. Nada nele lembrava o maltrapilha e sujo empregado que fora antes. Ele estava elegante, bonito e muito rico. Nunca se soube o que ele fizera durante sua ausência. Só se sabia que estava de volta, completamente mudado e que gostaria de manter relações amigáveis com a Granja dos Tordos.
Mas se alguém pudesse ver a amargura latente em seu coração e sua mente, saberia que Heathcliff voltara em busca de vingança. E ele a consegue, de forma que leva muitos leitores a contestar sua humanidade e sua sanidade.
Heathcliff toma para si o Morro dos Ventos Uivantes, pagando todas as dívidas de jogo do seu desafeto Hindley e transformando-o em empregado, tal qual fora feito consigo mesmo no passado. E após a morte de Hindley, usa o filho dele para perpetuar a vingança.
Heathcliff também almejava se vingar de Edgar Linton, por roubar a única pessoa que o amava. Ele então seduz e se casa com a irmã de Edgar, e a maltrata pior que a um animal peçonhento.
Tal afronta de Heathcliff ofende profundamente Edgar, que corta quaisquer relações com a irmã e o cunhado. Em profundas tristeza, agonia e melancolia por ver tudo o que seu amado faz, a grávida Catherine cai enferma, requerendo todos os cuidados do marido e dos empregados.
Sabendo da doença de sua bem-amada Catherine, Heathcliff aproveita uma oportunidade para encontra-la a sós, na Granja. Quando finalmente se encontram sozinhos, não parecem seres humanos. Se perdem entre tantos beijos, carícias e abraços apertados, enquanto trocam juras de amor eterno, lamentações e reclamações quanto às condutas de cada um. Mas tamanha emoção foi demais para o fraco estado físico de Catherine, que desmaia nos braços de Heathcliff no momento em que seu marido adentra no recinto, encerrando a cena mais forte de todo o livro.
Algumas horas mais tarde, Catherine falece e sua filhinha nasce. Sentindo-se emocionalmente vazio, Heathcliff roga uma praga contra a alma de sua amada, para que ela o persiga constantemente e jamais tenha paz. Pois ele só conseguiria viver se pudesse sentir a presença de Catherine por perto.
Durante os dezoito anos seguintes, não houve qualquer contato entre o Morro dos Ventos Uivantes e a Granja dos Tordos. Heathcliff teve um filho com sua esposa, que fugiu para Londres e lá faleceu. E os filhos de Hindley e Edgar também cresceram.
Sem o único cordão que o ligava à humanidade e à bondade, Heathcliff se tornou um homem frio, egoísta e inescrupuloso. Ele parecia ter prazer em apreciar a depreciação de seus inimigos em suas mãos. Utilizando seu filho e a filha de Catherine como meros fantoches em seu ambicioso teatro sádico, Heathcliff se torna dono da Granja dos Tordos, unificando as duas residências cujos antigos donos foram os responsáveis por sua degradação moral.
E assim ele seguiu com suas atitudes sádicas, maltratando todos ao seu redor e sentindo a presença de Catherine vagando perto de si. Se a ele foi permitida uma redenção final em sua morte, ele e Catherine puderam finalmente ficar juntos. No céu, na Terra ou no inferno, em qualquer lugar eles seriam felizes, desde que estivessem juntos. Pois como disse Catherine na triste noite em que Heathcliff fugiu, “Não tenho o direito de estar no céu assim como não tenho o direito de casar com Edgar, pois minha alma só seria feliz onde Heathcliff estiver”.
O Morro dos Ventos Uivantes é bem sucedido na medida em que retrata e analisa a mesquinha sociedade interiorana da Inglaterra e seus costumes ortodoxos, contrastando com as ações chocantes de certos personagens. A narrativa é bem interessante e nos força a ler através das entrelinhas, pois o livro inteiro é narrado sob o ponto de vista da governanta do Morro dos Ventos Uivantes, o que nos leva a crer que, inevitavelmente, a imparcialidade não fez parte da estrutura de narração dos fatos.
O incesto e o casamento por conveniência retratados na obra trouxeram à lume práticas conhecidas porém disfarçadas por aquela sociedade puritana e mesquinha do séc. XIX, fazendo o livro ser taxado por muitos críticos de então como uma obra cruel e demoníaca. Um grande equívoco, visto que nele o amor é descrito de forma bela e crua, sem fazer nenhuma alusão a cenas de sexo ou palavras rudes.
Somente com o passar dos anos é que o mundo soube apreciar a beleza e a profundidade dessa obra, tendo como consequências críticas entusiastas até mesmo de escritores do porte de Virginia Wolf e seis adaptações cinematográficas, além de inúmeras referências em outros livros e filmes (ex.: Crepúsculo, Lua Nova, Eclipse, Cold Mountain, Eu sou o Mensageiro etc) e também sendo tema de uma tocante canção da cantora estrangeira Kate Bush (Wuthering Heights).
Se Heathcliff aprendeu alguma lição, foi a de que a vingança nunca é plena, pois mata a alma e envenena. Pois como o próprio afirma tristemente em seu leito de morte: “(...) Eu lutei para realizar e assistir a degradação de meus inimigos, e agora que finalmente o consegui, não sinto prazer algum com isso.”.
Felizmente, nós, leitores em pleno séc. XXI, ainda sentimos muito prazer em ler e reler tão magnífica obra e em aprender através dos erros e acertos de seus personagens multidimensionais.


Esse é o texto, se puderem deixar um feedback eu agradeço, para que possamos debater de forma inteligente e civilizada os aspectos contemplados no mesmo.

Obrigado a presença no blog!

Flores que voam- A transformação das borboletas

Começo minhas postagens com meu mais recente trabalho para a disciplina Evolução, com o Prof. Pina no curso de Biologia.
Pesquisei sobre o processo de transformação da matéria na metamorfose das Borboletas.
Segue-se abaixo o artigo integral:

A metamorfose das borboletas é um dos mais interessantes exemplos de transformação de matéria. A grande e notável transformação de uma simples lagarta para uma bonita e mais complexa borboleta chama a atenção de muitos biólogos, que se dedicam a estudar esse e outros fenômenos da natureza.
O processo começa desde a eclosão dos ovos. As pequenas lagartas, logo que saem de seus ovos, começam a comer as cascas dos mesmos e, a partir de então, não param mais. Dedicam-se unicamente a ingerir quantidades cada vez maiores de alimentos, como folhas e pequenos insetos. Gastam inúmeras horas do dia e inclusive da noite nessa atividade, parando somente para repousar esporadicamente numa determinada folha cuidadosamente selecionada, que lhe concede abrigo e proteção contra predadores, a qual a lagarta não come jamais.
Tal gulodice é justificada, visto que a lagarta come intensamente visando a acumulação de energia. As folhas ingeridas são transformadas por seu metabolismo em nutrientes, que lhe concedem energia para a sua manutenção. Dessa forma, percebemos um nítido fluxo de energia: O alimento foi transformado em energia potencial, que fica armazenada em seus glicogênios. Para a sua locomoção em busca de mais alimentos, tal energia potencial é transformada em energia cinética. A energia excedente fica armazenada para ser usada em sua vindoura metamorfose.
Após determinado período de tempo que varia de acordo com a espécie, as lagartas, já bem alimentadas com quantidade suficiente de nutrientes, ficam imobilizadas, tendo seu corpo completamente endurecido, entrando na fase de crisálida (também chamada de casulo ou pupa).
Seus corpos ficam cobertos por uma espessa e rígida membrana constituída por finas teias, produzidas por elas mesmas, protegendo seu exterior de danos que podem ser causados por predadores. A lagarta permanece imóvel nesse casulo por um período que pode variar de dias, semanas a meses. É nele que acontece toda a transformação que torna a feia e gorda lagarta numa bela borboleta.
Todos os nutrientes acumulados pela lagarta através da constante ingestão de alimentos são utilizados nesse processo, que consome elevadas quantidades de energia. Todas as folhas ingeridas são transformadas em carboidratos através da digestão de seu metabolismo. Parte da energia é consumida, parte é armazenada em seu glicogênio para uso posterior. Na crisálida, são necessários muitos esforços e, consequentemente, grandes quantidades de energia para que tal transformação biológica aconteça.
Após a completa realização da metamorfose, a lagarta já está transformada em borboleta e sai lentamente de seu casulo. Essa saída pode demorar algumas horas, mas é um esforço necessário para que a recém-formada borboleta exercite seus novos músculos e fortaleça suas asas, deixando-as preparadas para o voo.
Seus corpos são formados por dois pares de asas com membranas cobertas com escamas e peças bucais adaptadas a sucção.
Logo após a conclusão de seu processo de metamorfose, a borboleta segue com seu ciclo de vida, que dura em média duas semanas. Após a fêmea ser fecundada pelo macho, ela procura uma folha segura para depositar os ovos, que eclodirão e formarão novas lagartas que reiniciarão todo o processo sucessivas vezes.
Dessa forma, percebe-se um contínuo fluxo de energia. A energia acumulada pela lagarta em suas constantes alimentações é dispersada e parte dela se acumula para a posterior metamorfose, para a qual tal energia é transferida. A borboleta recém-formada também utiliza essa energia acumulada e sai em busca de alimentação, para repor os elevados gastos durante o processo, continuando o bonito ciclo natural da vida.


Não esqueçam que o texto é de minha autoria. Caso publiquem em outros meios, favor citar a fonte e o autor.

Ateh mais ;)

The Begining

Sejam bem vindos todos os visitantes deste blog.
Me chamo Thiago Leite Cruz, sou acadêmico de Relações Internacionais e de Bacharelado em Biologia. Fiz este blog com o intuito de publicar meus artigos, contos, pesquisas e trabalhos em geral, acadêmicos ou não.
Aqui você vai ler postagens sobre o mundo da Biologia e da Diplomacia, através dos mais diversos textos escritos por mim para meus cursos universitários.
Claro, de vez em quando haverá postagens excepcionais sobre eventos especiais, viagens, farras etc, afinal, pessoas que fazem duas faculdades simultaneamente também precisam se divertir!
hehehehe

Se possível, gostaria que você deixasse seu feedback.
Mais uma vez,
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BIEN VENIDO!